Igualdade de gêneros

Diferentes, mas com os mesmos direitos e deveres
Diferentes, mas com os mesmos direitos e deveres
Diferentes, mas com os mesmos direitos e deveres

Diferentes, mas com os mesmos direitos e deveres

Não sou feminista, nunca fui, também nunca tentei igualar-me aos homens, não porque me acho inferior, mas porque somos diferentes sim. Diferentes em força física, em ações, pensamentos, somos complementares, assim penso eu. No entanto, minha filha mais velha começou a notar algumas distorções, que para nós podem ser naturais porque fomos acostumados assim, mas para quem está descobrindo o mundo e numa época de tantas discussões, soou estranho.

Certa tarde após a escola, ela entrou no carro e, como todos os dias, trocamos nossas experiências do dia que tivemos, então ela soltou: “mamãe, por que minha professora chamou todo mundo de meninos hoje na aula?” Depois de conversar, consegui compreender o contexto da situação e então fui tentar explicar de uma forma mais branda e o mais lúdica possível para que ela e sua irmã, bem mais nova e que fez questão de entrar na conversa, entendessem. Fui falar que ainda vivemos num mundo machista, que mesmo que tenham 20 meninas numa sala e apenas dois meninos, o grupo será chamado pelo masculino; que o homem ainda é tido como o provedor em casa, ainda é a maioria em cargos de liderança em empresas, na política, entre outros.

Fui intensamente questionada pelas duas! Até que eu cessei os questionamentos e sugeri que minha filha mais velha começasse um trabalho dentro da sala de aula. Por que não levantar esse assunto em sala e iniciar a mudança no pequeno mundo em que ela vive no dia-a-dia? Ela ficou um pouco acuada, sem graça, mas disse que levaria o assunto para a professora.

Assim acredito que podemos mudar a realidade de nossas crianças. Encorajando-as a encararem as diferenças, as dificuldades e mudarem seu mundo.

Para nós é um pouco difícil enxergar um outro jeito de ser, mas nossos pequenos estão fresquinhos, começando uma vida e podem sim fazer a diferença. Daí a questão deixa de ser somente o homem e a mulher, mas o respeito pelo próximo.

A maternidade me fez voltar a ter esperança que o mundo pode ser um lugar melhor se soubemos direcionar nossos pequenos cidadãos.

Veja também: Neuras de mãe

Formada em Letras, é atualmente assistente executiva. Apesar da carreira, sempre teve em mente o objetivo de criar seus filhos de perto, vivenciando ao máximo cada momento deles.

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